quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Cientistas comprovam que uma vida com significado é mais saudável


Um recente estudo científico sugere que as pessoas que são felizes mas têm pouco ou nenhum significado em suas vidas têm a mesma expressão nos genes que as pessoas que estão enfrentando uma larga adversidade crônica.
Os termos hedonismo e eudemonismo aludem ao grande debate filosófico que deu forma á civilização ocidental por mais de 2mil anos acerca da natureza de uma ''vida boa''. A felicidade consiste em sentir-se bem?, como pensam os hedonistas, ou em fazer o bem e ser bom, como pensava Aristóteles e seus descendentes intelectuais?
Por mais de uma década a moda de ''SER FELIZ'' seguiu no topo da parada. Basta ver a lista de livros publicados sobre o tema, que vão desde DINHERO FELIZ até FELICIDADE PARA PRINCIPIANTES. Uma das principais declarações deste tipo de livros é que a felicidade está associada com BONS RESULTADOS, incluindo uma boa saúde. Algo assim como ''quanto mais feliz você é, mais saudável você está''.
Mas um novo estudo científico (un nuevo estudio ) publicado apenas em Proceedings of the National Academy of Sciences questiona frontalmente todo este panorama cor de rosa. A felicidade pode não ser tão boa como pensavam.
Os investigadores exploraram especificamente a diferença entre uma vida significativa (cheia de sentido) e uma vida feliz. E ainda que pareça estranho que haja alguma diferença entre as duas, os resultados da investigação mostraram que sim. A felicidade, em termos populares, está associada com ''receber'' e, ao contrário, o''significativo'' esá associado com uma altruísta disposição para'' doar'' .
''A felicidade sem significado caracteriza uma vida relativamente superficial, narcisista ou inclusive egoísta na qual as coisas vão bem, as necessidades e os desejos são facilmente satisfeitos e os enredos difíceis ou comprometedores e desagradáveis são simplesmente evitados'', comentaron los autores del estudio. ''O significado, em compensação, é derivado da contribuição aos outros de uma maneira MAIOR. Em parte o que fazemos como seres humanos é cuidar dos demais e contribuir com os outros. Isto faz a vida significativa mas não necessariamente nos faz feliz''.
O mesmo estudo também demonstrou esta diferença mas a nível biológico. Se examinaram os níveis (auto-reportados) de felicidade e significado em 80 pessoas. Depois de anotar o sentido de felicidade e significado de cada uma (reportados por certas perguntas pessoais), os investigadores observaram a maneira como se expressavam seus genes. Concluíram que as pessoas que são felizes mas não têm muito significado em suas vidas - proverbialmente ''estou aqui só por causa da festa!!'' - têm a mesma expressão - nos genes que as pessoas que estão enfrentando uma interminável adversidade (dificuldade ou doença) crônica. Ou seja, o corpo dessas pessoas felizes, ao ativar a resposta pró-inflamatória, estão preparando elas para ameaças bacterianas. A inflamação crônica está relacionada com enfermidades maiores como o câncer ou os problemas do coração.
''As emoções positivas vazias'', do tipo que a gente experimenta durante episódios maníacos ou euforia artificial induzida por drogas ou álcool, são tão boas para você quanto a adversidade'', adverte um dos investigadores. ''O problema não é a quantidade de felicidade hedonista (busca do prazer pessoal, sem pensar nas consequências; geralmente egoísta e individualista), mas que ela não esteja alinhada com seu bem-estar eudemônico (significativo, que enche sua vida de sentido). Quando ambos estão no mesmo nível a pessoa alcança sua melhor expressão existencial. Mas se você tem mais bem estar hedonista do que se pode esperar ou mesmo querer, é aí que surge esse quadro ou padrão (genético) vinculado á adversidade crônica'.
 
Pela evidência do estudo, parece que sentir-se bem não é suficiente. As pessoas necessitam significado para crescer e evoluir. Como disse Jung certa vez: ''A mais ínfima coisa com significado é mais valiosa em nossa vida do que as melhores coisas sem ele''.

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