quarta-feira, 14 de agosto de 2013

O PROBLEMA


Em um mosteiro budista cravado em uma ladeira praticamente inascessível das frias e escarpadas montanhas do Himalaya, um certo dia um dos monjes guardiões mais velhos faleceu.
Fizeram os respectivos rituais tibetanos próprios para a ocasião, cheios de profundo respeito e reverência mística. No entanto, era preciso que algum outro monge assumisse as funções do posto vazio do guardião falecido. Deveriam escolhero monge mais adequado para levar a função adiante.

O Grande Mestre convocou todos os discípulos do mosteiro para determinar quem ocuparia o honroso posto de guardião.
O Mestre, com muita tranquilidade ecalma, colocou uma magnífica mesinha no centro da enorme sala na qual estavam reunidos e sobre esta, colocou um belíssimo jarro de porcelana e, dentro dele, uma rosa amarela das mais bonitas quejá se havia visto. E disse:
Aqui está o problema. Assumirá o posto do Honroso Guardião de nosso mosteiro o primeiro monge que conseguir resolve-lo...Todos ficaram assombrados olhando para aquela cena: um jarro de grande valor e beleza, com uma maravilhosa flor no centro. Os monges ficaram como que petrificados e mergulhados num respeitoso silencio, abismados com suas interrogações internas...¿O que representaria esse belo jarro de flores? Que fazer com ele? Qual poderia ser o enigma oculto de tão delicada beleza? Simbolizaria por acaso as tentações do mundo? Poderia ser algo tão simples como por exemplo de que necessitaria de água aquela flor? Eram muitas as dúvidas...
Em um momento determinado, umdos discípulos se levantou bruscamente, desembainhou sua espada, olhou para o Grande Mestre e depois todos seus companheiros , se moveu até o centro da sala e ...POOOWWW!! Destruiu tudo com um único golpe.

Logo depois que o discípulo retornou ao seu lugar, o Grande Mestre disse...''Alguémse atreveu não só a dar uma solução ao problema, como a elimina-lo. Honremos ao nosso novo Guardião do Mosteiro.

O Mestre explicou: na realidade, queridos meus, pouco importa qual é o problema. Há problemas cujo aspecto nos confunde, já que embaralha nossos sentidos. Mas, no fundo, segue sendo um problema.
E um problema é sempre um problema e precisa ser eliminado.

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